Entre os haitianos e a época das chuvas que se anuncia para dentro de semanas, existem apenas frágeis estruturas de plástico ou zinco – barracas -que não defendem ninguém de tempestades tropicais.
Tão importante como a água ou comida, as tendas também estão a ser distribuídas, mas o ritmo de conta gotas desespera.
Entretanto já se pensa em deslocar os refugiados. A começar pelo que estão acampados frente ao Palácio Presidencial, Campo de Março.
Vlackov Abramoskiev, supervisor da Organização Internacional para a Migração, indica que “as pessoas neste campo estão a ser registadas para podermos saber de onde são e eventualmente regressarem a casa quando for seguro. A época das chuvas está a chegar e não é seguro ficar aqui”.
Crê-se que sejam mais de 700 mil os deslocados apenas na capital, Porto Príncipe.
O terramoto poderá ter matado até 300 mil pessoas. Estima-se que mais de um milhão de pessoas não tenha casa para onde voltar, ou seja, cerca de 250 mil famílias
As autoridades locais pretendem, até 1 de Maio, distribuir uma tenda por cada lar sem tecto.