Rússia: fumo provoca aumento da mortalidade

Segundo os médicos, o fumo acre carregado de micropartículas nocivas que invadiu Moscovo há cerca de uma semana, representa um risco importante para a saúde das pessoas.
A poluição é provocada pela combustão das turfeiras existentes em redor da capital russa e ultrapassa entre três e seis vezes os níveis considerados normais.
Desde que Moscovo ficou envolta num manto de fumo tóxico que a taxa de mortalidade naquela cidade duplicou.
Os médicos afirmam que a única forma de protecção eficaz é abandonar as zonas afectadas.
Os moscovitas procuram soluções: “ontem mudei-me para um hotel moderno com ar condicionado. Lá dentro a temperatura é de 18°C.”
“Sinceramente, está a ser muito difícil. Utilizamos métodos antigos, como colocar panos molhados nas janelas, mas o melhor é sair de Moscovo e ir para uma casa de campo ou qualquer outro sítio. Quanto mais longe, melhor”, afirmou outro moscovita
Apesar das dezenas de mortes registadas diariamente em Moscovo devido à canícula e à poluição, a situação pode vir a melhorar a partir desta noite como refere um responsável pela meteorologia da região moscovita.
“Esperamos que durante a tarde o vento mude da direcção sudeste para sul ou sudoeste. A atmosfera será um pouco menos pesada e esta noite na cidade e região de Moscovo o ar deverá ser mais limpo uma vez que os ventos deverão soprar de oeste”, afirmou o meteorologista.
Sem terem dado uma causa específica para o aumento da mortalidade em Moscovo, as autoridades sanitárias reconhecem que o calor e a poluição estão na sua origem.
As temperaturas verificadas nos últimos dias são as mais altas dos últimos cento e trinta anos, ou seja, desde que há registos.