As eleições de ontem no Afeganistão foram mais violentas do que as presidenciais do ano passado, mas menos mortíferas.
A constatação feita pela NATO está no entanto distante dos objectivos mais ambiciosos do escrutínio cuja participação não ultrapassou os 40% segundo os resultados parciais.
Dos 485 incidentes registados, a maioria atingiu assembleias de voto, matando cerca de 22 pessoas, entre civis, militares e soldados internacionais.
“Eu estava à espera que anulassem a eleição por causa da propaganda dos Talibã, mas parece que a maioria das pessoas foi votar”.
“A eleição foi livre e justa e as pessoas ignoraram as ameaças dos Talibã e foram votar, o que é positivo”.
Dezenas de situações de fraude estão a ser analisadas pela comissão eleitoral que iniciou esta manhã a contagem dos votos.
Segundo observadores independentes registaram-se várias irregularidades ao nível da compra de votos, falsificação de documentação e votos com menores de idade.
Depois de umas presidenciais marcadas já pela fraude e por uma fraca participação, o presidente Hamid Karzai volta a enfrentar um novo desafio às aspirações de relançar o processo de reconciliação nacional que permitiria a retirada das tropas estrangeiras do país até 2013.