O Governo liderado por Benjamin Netanyahu quer mudar as regras para obter a cidadania israelita.
Em causa está um projecto de lei votado e aprovado, este domingo, em Conselho de Ministros.
O diploma vai ter, ainda, de passar pelo Parlamento. Se for aprovado, os candidatos à cidadania vão ter de jurar respeito às leis dos Estados de Israel, judeu e democrático.
O texto é aplaudido pela direita e criticado pela esquerda:
“Pensamos que não serve os interesses do Estado de Israel. Segue uma certa lógica em termos de ideologia, mas tem um efeito negativo na imagem do país e no espírito da verdadeira democracia”
afirma o ministro dos Assuntos Sociais, Isaac Herzog.
Opinião diferente tem o chefe da diplomacia israelita. Avigdor Lieberman diz que é tempo de perguntar “se vamos ser um Estado judaico e sionista ou de todos os cidadãos? As facções do partido da extrema-direita laica apoiam o projecto de lei, hoje, apresentado.”
A medida afecta, por exemplo, os palestinianos que se casem com árabes israelitas.
O executivo israelita dá luz verde ao projecto de lei numa altura em que as negociações de paz com os palestinianos estão em ponto morto.
As conversações foram relançadas à cerca de um mês, sob mediação dos Estados Unidos.
Voltaram à estaca zero depois da moratória para a construção de colonatos judeus no território ocupado da Cisjordânia ter expirado.