Não há esperança para o clima em Durban

Em Durban, ninguém se entende. A um dia do final da cimeira sobre o clima, parece cada vez mais improvável encontrar um acordo mundial para combater as mudanças climáticas.
O enviado norte-americano desmentiu, esta quinta-feira, que os Estados Unidos estejam contra o projeto da União Europeia de fixar um roteiro para um acordo definitivo em 2020. Washington nega estar a fugir a qualquer compromisso antes das eleições presidenciais de 2012.
Todd Stern acrescentou mesmo que o seu país está muito empenhado na segunda fase do Protocolo de Quioto e na definição de um futuro acordo.
Mas enquanto se mantém o impasse, os meteorologistas do mundo inteiro inquietam-se:
“Já anunciámos este ano que a concentração de gases que provocam o efeito de estufa na atmosfera atingiram níveis recordes. O que é certo é que estamos já quase a atingir o aumento de dois graus de temperatura. Quanto mais os compromissos forem adiados, mais difícil se torna atingir os objetivos”.
Entre os grandes blocos industriais só a Europa parece ainda comprometida com os objetivos do Protocolo de Quioto. Mas este acordo que expira no final de 2012 abrange no máximo 30% das emissões de dióxido de carbono.
Se Durban falhar, como aconteceu com Copenhaga e Cancun, os cientistas não têm dúvidas que é o futuro do planeta que está em causa.