A Bósnia Herzegovina pôs fim a uma longa crise política e espera agora aproximar-se da União Europeia.
Os líderes políticos das três principais comunidades – sérvia, croata e muçulmana – chegaram a acordo para a formação de um governo central, 14 meses depois das eleições legislativas.
O acordo permitirá também evitar o colapso financeiro do país, ao permitir a aprovação de um orçamento de Estado e a realização de reformas essenciais para desbloquear empréstimos do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia.
O líder dos sérvios da Bósnia, Milorad Dodic, sublinhou que “o novo Conselho de Ministros que será em breve formado poderá requerer o estatuto de candidato à União Europeia. Isso é o ponto-chave do acordo obtido e [o objetivo é] continuar a trabalhar com o ambiente positivo que foi criado”.
Desde o fim da guerra, em 95, a Bósnia é composta por duas entidades, a Republika Srpska e a Federação Croato-Muçulmana, sem um verdadeiro poder central.
É o único país dos Balcãs ocidentais que ainda não pediu o estatuto de candidato à adesão ao bloco europeu.
O acordo obtido esta quarta-feira foi saudado pela diplomacia europeia, ao abrir a via à reaproximação.
O posto de primeiro-ministro será atribuído ao principal partido croata e os nove ministérios serão distribuídos por representantes das três comunidades.