Os recordes na taxa de desemprego, em especial dos jovens, são um dos lados mais visíveis da crise europeia. Na zona euro atinge já os 22%, em média (dados OCDE), com os casos mais graves nos países do sul como Espanha, Portugal e Itália.
Numa conferência internacional sobre o tema, organizada pela Comissão Europeia, em Bruxelas, esta quinta e sexta-feira, houve quem defendesse o curso atual de reformas.
“O problema na atual situação económica é que vivemos em recessão, mas ainda assim é preciso reestruturar as finanças e fazer outras reformas estruturais. Isso mudará a forma de funcionar da administração pública e do setor privado, em particular o mercado de trabalho”, argumentou a ministra do Trabalho de Itália, Elsa Fornero.
Além da ação ao nível das leis do trabalho, o Prémio Nobel da Economia de 2010, Christopher Pissarides, considera também fundamental melhorar os sistemas de educação e formação profissional.
“Há medidas que se podem tomar para melhorar a situação dos jovens. Devemos incentivá-los a permanecerem mais tempo na escola, porque têm a oportunidade de adquirir mais conhecimentos que lhes permitirão conseguir bons empregos. E há outros tipos de formação que podem ser fornecidos ao nível das entidades empregadoras”, disse o laureado.
O comissário europeu do Emprego, Lazlo Andor, anunciou que o orçamento comunitário para 2014-2020 vai ter um reforço do Fundo Social Europeu para esta área. A proposta é de pelo menos 20 mil milhões de euros.