"Sonho georgiano": o pesadelo de Saakashvilli

A coabitação entre o presidente e o novo primeiro-ministro da Geórgia revela-se tão inflamável quanto o esperado.
A coligação governamental de seis partidos – “sonho georgiano” – conseguiu aprovar ontem no parlamento uma lista de 215 pessoas, detidas durante o anterior governo pró-Saakashvilli e consideradas agora como prisioneiros políticos.
Um residente de Tbilisi apoia a decisão: “Se realmente existem prisioneiros políticos no nosso país temos a obrigação de libertá-los”.
Outro comenta: “Não percebo esta decisão, em especial se se refere apenas a pessoas de um certo campo político, limitando o espetro de uma futura amnistia”.
A lista inclui várias pessoas detidas durante as manifestações de março do ano passado contra o presidente, assim como indivíduos condenados por espionagem ao serviço da Rússia.
O presidente Mikhail Saakashvilli tinha, esta semana, acusado o novo primeiro-ministro, Bidzina Ivanishvilli, de perseguição política.
Desde a eleição do novo governo, em Outubro, que 20 responsáveis do anterior executivo foram detidos sob acusações de abuso de poder.