Oposição islamita boicota legislativas na Jordânia

As eleições legislativas na Jordânia, que decorrem esta quarta-feira, foram transformadas num referendo às reformas democráticas prometidas pelo rei Abdullah II, depois dos protestos da oposição.
O primeiro escrutínio desde a chamada “primavera árabe”, é marcado pelo boicote da oposição islamita e de esquerda.
A Frente de Ação Islâmica, o braço político da Irmandade Muçulmana, protesta, assim, contra uma reforma do mapa eleitoral que dá mais peso às zonas rurais tribais, tradicionalmente favoráveis aos partidos pró-governamentais.
O líder do partido islamita, Hamzeh Mansour, recorda que, “se, como esperada, a participação nas eleições for baixa, esta vai pôr em causa a legitimidade do próximo parlamento”.
A afluência às urnas esta manhã era bastante escassa nas zonas urbanas, favoráveis à oposição.
Cerca de um terço dos 3,5 milhões de jordanos com direito de voto, optaram por não registar-se no escrutínio.
Até hoje, a monarquia jordana tinha conseguido conter os protestos de rua contra a corrupção, com a promessa de reformas democráticas.