Revolta e indignação na Turquia

A polícia turca deteve, até ao momento, 17 pessoas suspeitas de estarem envolvidas no ataque bombista perpetrado há uma semana na localidade fronteiriça de Reyhanli junto à Síria.
Quatro continuam a monte. Os suspeitos são todos de nacionalidade turca.
As detenções não foram, no entanto, suficientes para acalmar os ânimos da população. Hoje, e em diferentes pontos da Turquia, muitos saíram à rua para criticar a atuação do governo antes e depois do atentado.
Até ao momento foram confirmados 51 mortos e mais de uma centena de feridos, mas fontes médicas garantem que o número de vítimas é superior.
“Os rebeldes sírios entram na Turquia com facilidade, na verdade deixamos de ter uma fronteira. Há contrabando e outro tipo de problemas. Esta situação coloca em perigo as pessoas que vivem em Hatay” afirma Suleyman Cicekci, um habitante de Hatay.
“Estamos aqui para demonstrar a nossa solidariedade. Aqui, cristãos, alauitas, sunitas e arménios estão todos unidos” refere Edip Soysal, um habitante de Hatay.
E é a uma só voz que a população exige a queda do governo que abriu a porta a cerca de 300 mil refugiados sírios nos últimos dois anos.
Os protestos começaram de forma pacífica, mas depressa deram lugar à violência. Estas imagens captadas em Ancara são disso exemplo.