Foi há dois anos que Iulia Timoshenko foi presa na Ucrânia debaixo de uma série de acusações. Algumas centenas de apoiantes da líder da oposição assinalaram a data, concentrando-se frente ao tribunal de Kiev que emitiu a condenação a sete anos de prisão, devido aos acordos ruinosos que a então primeira-ministra estabeleceu com o grupo energético russo Gazprom. Desde então, as condições de encarceramento de Timoshenko, que sofre alegadamente de uma hérnia discal incapacitante, levaram os membros do seu partido a tomar medidas.
“Há centenas de milhares, até mesmo milhões de ucranianos, a apoiarem o apelo que fizemos ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para arrancar com o recurso de Timoshenko o mais rapidamente possível”, declara Oleksandr Turchynov, do Batkivschyna. “Se houver uma mudança no governo, ela poderá ser libertada. Caso contrário, fica na prisão”, salientava uma apoiante.
Mas a antiga chefe do executivo ucraniano, cuja prisão a União Europeia afirma ter contornos políticos, ainda está a braços com a justiça por outros processos, nomeadamente pelo homicídio de um adversário político.