Segunda volta das eleições presidenciais, este domingo, no Mali, um país em fase de transição depois do golpe de Estado militar, em março do ano passado.
O antigo primeiro-ministro Ibrahim Boubacar Keita, favorito à vitória, tem pela frente o antigo ministro das Finanças, Sumaila Cissé, numa corrida entre dois veteranos da política maliana com 68 e 63 anos, respetivamente. Keita alcançou quase 40% dos sufrágios na primeira volta, contra perto de 20% para “Soumi”, como é apelidado Cissé. Keita joga a carta da experiência enquanto que Cissé fala na necessidade de um plano Marshall para o Mali.
Na véspera do escrutínio, a situação na capital, Bamaco, era “estável” e as pessoas estavam “tranquilas”, segundo o relato de uma conselheira portuguesa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Seja qual for o vencedor, o novo presidente do Mali vai ter de solucionar a profunda crise política vivida no país desde o golpe de estado de 22 de março de 2012 e pacificar o território, depois da guerra das forças francesas, malianas e da União Africana contra os grupos de radicais islâmicos que controlavam o Norte do Mali.