A União Europeia (UE) vai conceder 650 milhões de euros para apoiar a recuperação da Somália, que viveu as últimas duas décadas imersa em conflitos e fome.
O anúncio foi feito, esta segunda-feira, em Bruxelas, no decorrer de uma conferência de doadores para o país africano.
No poder há um ano, o Presidente da Somália, Hassan Sheik Mohamud, disse que “milhões de vidas do povo somali foram salvas devido ao apoio com fundos da UE. E muitos milhões têm agora renovada esperança no acesso à educação, saúde e outros serviços públicos.”
O objetivo é reunir pelo menos mil milhões de euros com vista à estabilização política e ao desenvolvimento social. A par dos europeus, a China tem sido um dos maiores apoiantes.
O alto representante chinês para os assuntos africanos, Zhong Jianhua, realça que “as pessoas vão ficar satisfeitas com estes progressos levados a cabo pelo novo governo e pela comunidade internacional. Penso que é algo muito positivo.”
Além dos conflitos internos devido aos movimentos separatistas, a Somália é também muito afetada pela pirataria. Mas esta decresceu cerca de 90% no último ano, graças às parcerias internacionais.
A presença de 18 mil soldados da União Africana também ajudou a travar os ataques dos rebeldes islâmicos al-Shabaab, ligados aos terroristas da al-Qaeda.