Passaporte para um emprego

Passaporte para um emprego
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

Há cerca de um ano, Julian não imaginava que um dia integraria um número de circo. Mas acabou por fazer, devido a um projeto educacional com o intuito de estimular a auto-confiança e a motivação entre jovens de Hamburgo, na Alemanha, provenientes de contextos desfavorecidos. As suas perspetivas de futuro mudaram.

Julian Laß: “Antes, não tinha qualquer interesse em acrobacia. Só ficava em casa, em vez de sair. Tornei-me uma pessoa mais aberta. Hoje já não é um problema para mim enfrentar um público. Este projeto mostrou-me que é possível fazer algo a partir do nada, aprendi verdadeiramente a criar algo.”

Julian Laß: “Consigo ajudar as pessoas se surgir um problema. Normalmente, aprendo muito facilmente e tento dar a mão àqueles que não são tão rápidos como eu, para os ajudar a entender como as coisas funcionam.”

Paul foi integrado no mesmo programa. No caso dele, o foco é o desenho e a música.

Paul Moschinski: “Agora faço coisas que as pessoas não faziam ideia que seria capaz de fazer e isso apanhou-os de surpresa.”

Paul Moschinski: “Antes do projeto era um rapaz normal, era só escola e casa. Nunca mostrava todas as minhas capacidades. Agora, as pessoas conhecem-me e reconhecem-me na rua.”

Uma questão de carisma. Julian e Paul foram orientados a reforçar as capacidades individuais, de forma a que a candidatura a um emprego seja mais fácil. Este programa é baseado num estudo de caso, assente no método adotado pelo projeto europeu
“Carisma”.

Heike Köln-Prisner, Diretora Projeto Carisma: “O Projeto Carisma consiste em ajudar os jovens a fazer a transição da escola para o trabalho, suavemente. Para que consigam construir uma auto-confiança, refletem sobre os seus pontos fortes e avaliam o que ainda têm de melhorar.”

Um dos passos é a criação do denominado “passaporte”, onde são apontadas as competências informais: os hobbies, trabalhos de voluntariado e as capacidades pessoais, para além das competências formais, como a escolaridade. A ideia é que tenham consciência das suas qualidades e que os outros tomem conhecimento delas, para que possam arranjar um emprego mais facilmente.

Paul Moschinski: “Não me costumava relacionar com outras pessoas. Mas agora procuro isso. Tornei-me mais aberto e sinto-me mais livre.”

Heike Köln-Prisner: “Em primeiro lugar ajudamos a encontrar os pontos fortes, as potencialidades e a direção a seguir. Em segundo lugar providenciamos alguns instrumentos e documentos que as comprovem. Em terceiro lugar está a competência reflexiva que se ganha ao passar por este processo, com o apoio de alguém.”

A história continua nas nossas páginas nas redes sociais.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Found in translation: Quando os tradutores se tornam protagonistas

Erasmus para sempre

O difícil é parar: O krump tomou Amesterdão