Em Ancara, na Turquia, cerca de duas mil pessoas juntaram-se frente ao tribunal onde estava previsto o julgamento de um polícia acusado da morte de um manifestante.
A manifestação terminou em confrontos com a polícia.
O arguido é Ahmedt Sahbaz, acusado da morte de Ethem Sarisuluk, em junho passado, durante a vaga de manifestações contra o governo.
O irmão da vítima diz que “não espera justiça deste tribunal e, por isso, a família já apresentou o caso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem”.
A tensão aumentou entre os manifestantes, por causa de uma decisão que permitia ao acusado participar na audiência por videoconferência.
Os manifestantes tentaram forçar a entrada no tribunal. O julgamento acabou por ser adiado para o dia 2 de dezembro.
A polícia dispersou a multidão com canhões de água e gás lacrimogéneo. Segundo a imprensa local, várias pessoas ficaram feridas e pelo menos 18 foram detidas.
Os factos em causa neste julgamento aconteceram durante as manifestações do início do verão contra o governo de Recep Tayyip Erdogan, no poder há uma década. Na altura, seis pessoas, entre as quais um agente da polícia, perderam a vida.