Ucrânia: A viragem em Mariúpol

No rescaldo do confronto de Mariúpol, a Guarda Nacional ucraniana surge com o prestígio e a confiança do governo reforçados.
O assalto à unidade daquela força na noite de quarta para quinta-feira, terminou com três atacantes mortos e 13 feridos.
Uma unidade das forças especiais “Alfa” fez a detenção de 63 indivíduos envolvidos no ataque.“Queriam que abandonássemos a base, mas nem sabíamos para onde queriam que fossemos. Disseram-nos para entregar as armas, mas não sabíamos a quem”, disse Alexander Kalinychenko, segundo comandante da unidade.
O governo ucraniano tem em curso uma operação antiterrorista especialmente difícil, apostado em neutralizar os bandos armados sem fazer vítimas entre a população.
“Espero que Mariúpol tenha dado o empurrão para dizer “não”, aos chamados pró-russos e aos próprios russos”, afirmou um habitante da zona.
Segundo o ministro do Interior, Arsen Avakov, foram encontradas na posse dos assaltantes armas e telemóveis com números de operadores russos.
“Trata-se claramente de um ponto de viragem. Talvez uma mudança de estratégia das forças de segurança ucranianas após as dificuldades vividas na noite anterior na região de Slovyansk”, sublinhou Sergio Cantone, da Euronews, no local.