Gaza: hospitais podem encerrar portas por falta de eletricidade

A central elétrica de Gaza ficou reduzida a cinzas. Um bombardeamento israelita atingiu o depósito de combustível do complexo. Sem equipamento para extinguir o incêndio os palestinianos pouco ou nada puderam fazer para salvar as instalações.
A destruição da central promete complicar, ainda mais, o dia a dia da população. Os hospitais podem ser os primeiros a encerrar as portas.
“Creio que vamos ficar, completamente, sem energia nos próximos dias. Esta situação vai criar problemas em várias unidades. É o caso dos cuidados intensivos, da diálise, da pediatria e das cirurgias. Assim, não vai ser possível continuar a trabalhar” afirma o médico, Yousef Abu El Rish.
Conscientes da dimensão do problema, os pacientes preparam-se para o pior.
“Sem eletricidade não posso ser tratado. Vou ficar sem ar e sem me poder mexer. Mas o que podemos fazer? Pertencemos a Deus e é para junto dele que vamos partir” refere o palestiniano, Mohammad Saad.
A central – responsável pela produção de 30 por cento da eletricidade – estava a trabalhar com capacidade reduzida desde a semana passada, depois de ter sido alvo de um outro ataque.