A educação em tempo de guerra

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De  Euronews
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Nas zonas de conflito, há escolas que são alvo de bombardeamentos; outras, servem de abrigo. A educação de milhões de crianças está em risco. Como se restabelece o acesso às ferramentas pedagógicas? Esta semana, fomos até sítios devastados pela guerra.

O norte do Iraque tem assistido a uma sucessão de ataques mortais que levou milhares de pessoas da minoria yazidi a abandonar as suas casas. Na região do Curdistão iraquiano, várias escolas foram transformadas em abrigos para as famílias refugiadas. Neste contexto, existe margem para continuar a ensinar às crianças? Parte dos yazidis que escaparam ao avanço do grupo Estado Islâmico procuraram abrigo na cidade de Dohuk. À falta doutra solução, foram acolhidos em escolas locais, onde as aulas tiveram de ser interrompidas. Uma situação que aumenta o desconforto de quem veio à procura de ajuda. “Nós gostávamos de deixar as escolas livres para os estudantes o mais rapidamente possível. Nós apelamos aos governos central e local que ajudem a libertar as áreas onde vivíamos, para que também as nossas crianças possam ter aulas, assim como as crianças curdas”, afirma Walid, um dos refugiados.

As famílias que se vêem obrigadas a fugir dos conflitos enfrentam muitas vezes a dificuldade de integração numa nova sociedade, com outra língua e outra cultura. A família de Tina veio da Crimeia; a de Kostya, de Donetsk. Ambos vieram parar à mesma turma, na cidade de Lviv, na Ucrânia. Se até aqui aprenderam em russo, agora as aulas são em ucraniano. Nada que impeça Kostya de estudar a sua disciplina favorita, Matemática, e de alimentar o seu grande sonho: o de se tornar astronauta.

Há décadas que o Afeganistão conhece a guerra, com muitos jovens a crescerem no meio da violência. Existe um projeto destinado precisamente aos jovens afegãos, para os motivar a virar definitivamente as costas aos conflitos. Será que as coisas estão a mudar? Na Escola Secundária Abdullah Bin Omar, em Cabul, hoje é dia de praticar um exercício muito especial: uma simulação de um desentendimento entre dois alunos, na qual uma das partes tem de tomar a iniciativa de justificar uma resolução. Uma outra aluna serve de mediadora. Desde 2005, mais de 85 mil estudantes afegãos beneficiaram do programa “Educação para a Paz”, implementado pela organização não lucrativa Help the Afghan Children.

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