Chegou o momento de falar da "slow education"

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De  Euronews
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Venha connosco conhecer um movimento que assenta numa aprendizagem mais personalizada - chama-se "slow education".

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Provavelmente, já ouviu falar do movimento “slow food” que surgiu para combater a famosa indústria do “fast food”. Agora existe a “slow education” ou “educação lenta”, uma campanha pedagógica que está a conquistar adeptos um pouco por todo o mundo. Em que consiste precisamente?

Espanha: Chegou o momento de aprender

Em 2004, Joan Domènech Francesch começou a implementar técnicas pedagógicas inovadoras na escola que dirige em Barcelona. “O conceito da educação lenta tem a ver com o tempo realmente necessário para que uma aprendizagem possa acontecer. Cada criança tem o seu próprio ritmo de aprendizagem, tem os seus próprios interesses e capacidades. Se houver 25 alunos numa sala de aulas, cada um tem um ritmo diferente”, afirma. A proposta de Joan Domènech é a de oferecer caminhos de aprendizagem baseados na motivação, em vez de simplesmente ensinar matéria. Pode parecer lógico, mas o lado experimental do conceito gera resistências por parte de alguns pais. Uma das dúvidas consiste na dificuldade em prosseguir este método mais tarde, noutros contextos do percurso educativo. Mas há estórias de sucesso.

China: Escolas à antiga

No sopé do Monte Wutong, na província do Cantão, no sul da China, situa-se a escola De Qian, uma das primeiras no país a abrir portas para fornecer um ensino que evoca os métodos mais antigos. Os alunos usam fardas tradicionais, estudam desde cedo os clássicos e aprendem a arte da caligrafia. A escola acolhe 30 crianças, dos 3 aos 13 anos de idade. Todas as manhãs começam com duas horas a desenhar carateres, um processo de aprendizagem que é longo e que requer muita paciência. Não há espaço para a matemática, nem para as ciências. Pelo contrário, as crianças passam horas a ler Confúcio. De acordo com o fundador deste espaço, o facto de aprender de cor os clássicos chineses vai determinar o futuro bem-estar dos estudantes.

Japão: A geração da “slow education”

Os estudantes japoneses estão habituados a longos dias de escola, às vezes 6 dias por semana. Num país onde a rapidez e a eficiência imediata são muito valorizadas, foi uma surpresa quando, em 2002, o governo decidiu implementar a “slow education” em algumas escolas. Foi mesmo uma revolução, dizem alguns. No entanto, após 5 anos de experiência, o conceito de “slow education” foi abandonado. Os pais não aderiram à iniciativa e, ainda hoje, vários media criticam a emergência de uma geração que não corresponde aos critérios de eficácia que a sociedade japonesa exige. Os professores universitários argumentam que o abrandamento do ritmo de aprendizagem resultou no declínio dos resultados dos alunos.

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