Riscos do "Brexit" manifestam-se, diz Mark Carney

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De  Patricia Cardoso com REUTERS, AFP, LUSA
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O Banco de Inglaterra (BoE) avisa que os riscos para a estabilidade financeira já começaram a manifestar-se após a vitória do “Brexit”.

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O Banco de Inglaterra (BoE) avisa que os riscos para a estabilidade financeira já começaram a manifestar-se após a vitória do “Brexit”. Por isso, o banco central britânico decide agir, anulando uma decisão tomada em março.

O Comité de Política Financeira baixou de 0,5% para 0% a “almofada” de segurança imposta aos bancos para fazerem face a eventuais turbulências. Isso permitirá libertar 150 mil milhões de libras, o equivalente a 179 mil milhões de euros, para apoiar a economia.

Breaking: Bank of England will allow banks to hold less capital to give a £150bn boost to real economy #brexit

— Helia Ebrahimi (@heliaebrahimi) 5 de julho de 2016

Na apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira o governador do BoE, Mark Carney, explicou: “A ação de hoje, combinada com os balanços robustos dos bancos britânicos, permitirá que as empresas e as famílias, que desejam aproveitar oportunidades viáveis na era pós-Brexit, se sintam confiantes sobre o apoio do setor financeiro”.

O Banco de Inglaterra detetou uma queda na procura por imóveis comerciais e por ativos britânicos. Este último ponto representa um risco para o financiamento do défice da conta corrente britânica.

O banco central vai também manter a vigilância o setor das hipotecas e os valores da crescente dívida privada.

Household debt to income in UK at a massive 132% – up from just 50pc in 1980 pic.twitter.com/CblrSBaJk7

— Helia Ebrahimi (@heliaebrahimi) 5 de julho de 2016

O líder do banco central adianta: “Os esforços do Banco de Inglaterra não permitirão compensar integralmente e imediatamente a volatilidade económica e dos mercados que é esperada na fase de ajustamento”.

Com o Reino Unido a braços com a incerteza política e económica, a libra continua a recuar. Desde o referendo de 23 de junho já perdeu 12% por cento e esta terça-feira (5 de julho), face ao dólar, atingiu mínimos de setembro de 1985.

Além disso, a vitória do “Brexit” fez duplicar o número de empresários pessimistas e, em junho, o importante setor dos serviços teve o crescimento mais baixo em três anos.

No discurso na semana passada, o governo do BoE, Mark Carney, revelou que a economia britânica precisará de estímulos este verão. Os analistas esperam um corte nas taxas de juro, embora a de referência esteja já nos 0,25%.

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