Alepo antes e depois da guerra (interativo)

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Antes da guerra, a antiga cidadela entre as muralhas de Alepo atraía milhares de turistas para aquele que era considerado um dos maiores tesouros do Médio…

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Antes da guerra, a antiga cidadela entre as muralhas de Alepo atraía milhares de turistas para aquele que era considerado um dos maiores tesouros do Médio Oriente.

Mas nos últimos quatro anos, a cidadela esteve na linha da frente da guerra entre o exército sírio e os aliados contra os rebeldes que ocuparam grande parte da zona histórica que envolve a construção.

Os grandes avanços do exército na terceira semana de dezembro de 2016 forçaram um cessar-fogo e a saída dos insurgentes e milhares de civis. Foi o fim da violência na outrora maior cidade síria.

A mesquita Umayyad antes e depois de ser danificada em outubro de 2010 (esquerda) e dezembro de 2016 (direita). REUTERS/Khalil Ashawi (esquerda)/Omar Sanadiki (direita)

As fotografias da Reuters de antes e depois dos combates revelam como a cidade ficou destruída por anos de bombardeamentos aéreos, artilharia, combates nas ruas, incêndios e negligência.

O destino de Alepo, classificada pela Unesco como património mundial da humanidade, tem sido o tema de grande ansiedade para os residentes da cidade, arqueólogos, historiadores e viajantes, para lá do desespero causado pelos combates.

A mesquita Umayyad antes e depois de ser danificada em março de 2009 (esquerda) e dezembro de 2016 (direita). REUTERS/Omar Sanadiki

“Aqui estamos exatamente em frente da entrada da cidadela. Estas ruas são muito familiares. A minha escola era aqui perto. Agora, só está um pouco de pé”, diz Abdel Rahman Berry, um advogado. “Ficou destruída. Devastaram as minhas memórias de infância”, acrescentou.

Grandes áreas do mercado da era islâmica, também conhecido como ‘souk’, um dos maiores do mundo, foram destruídas em combates entre 2012 e 2013. Um dos minaretes do sex. XI da mesquita de Umayyad foi deitado abaixo por artilharia.

Durante a visita de jornalistas à cidade velha e ao interior da mesquita, o exército sírio mostrou ruas repletas de destroços e destroços dos muros que delimitavam o ‘souk’, repletos de buracos de balas e ‘grafites’.

A cidade velha de Alepo em novembro de 2008 (esquerda) e em dezembro de 2016. REUTERS/Omar Sanadiki

A mesquita de Umayyad também ficou cicatrizada pela guerra e o que resta de um minarete de pedra amontoa-se num canto onde caiu, após sofrer um impacto direto. Apesar da destruição, o chão elegante e os arcos ainda existem.

A entrada para o mercado (‘souk’) de al-Zarab na cidade velha de Alepo antes (novembro 2008) e depois (dezembro 2016).

A escola de al-Sheebani antes de ser danificada em maio de 2008 e depois em dezembro de 2016. REUTERS/Omar Sanadiki

O pátio da escola de al-Sheebani na cidade velha de Alepo em junho de 2009 (esquerda) e depois em dezembro de 2016 (direita). REUTERS/Omar Sanadiki

A mesquita de Umayyad antes de ser danificada em março de 2009 (esquerda) e depois (direita) em dezembro de 2016. REUTERS/Omar Sanadiki

O amam (banho turco) El Nahasin, no centro histórico de Alepo antes de ser danificado em outubro de 2010(esquerda) e depois em dezembro de 2016 (direita). REUTERS/(direita)Khalil Ashawi/Omar Sanadiki

A histórica cidadela de Alepo antes da guerra em agosto de 2010 e depois em dezembro de 2016. REUTERS/Sandra Auger (esquerda)/Omar Sanadiki

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O centro comercial Shahba Mall, um dos maiores da Síria, antes de ser destruído em dezembro de 2009 e depois em outubro de 2014. REUTERS/Khalil Ashawi (esquerda)/Abdalrhman Ismail

Entre as obras importantes que se perderam para a guerra, estão mesquitas e casas de comércio medievais. Outras construções, como a igreja escola de al-Shibani, prova de tolerância religiosa, e a casa de banhos de Nahasin do sec. XIII, foram também danificadas.

A zona histórica e a cidadela de Alepo tinham sido restauradas em 2004.

Uma das táticas usadas pelos rebeldes nos ferozes combates nas estreitas ruas do centro histórico era a detonação minas em túneis por baixo das posições do exército. Um soldado afirmou que mesmo no topo da cidadela, uma explosão do género podia ser sentida no hotel Carlton como um tremor de terra.

“Os corpos dos nossos camaradas estão ainda debaixo dos escombros do hotel”, acrescentou.

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