Uso do telemóvel pode afetar a memória dos jovens

Uso do telemóvel pode afetar a memória dos jovens
De  António Oliveira e Silva e Cyril Fourneris com Reuters
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É o resultado de um estudo levado a cabo pelo Instituto Suíço de Medicina Tropical e de Saúde Pública

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Um estudo levado a cabo pelo Instituto Suíço de Medicina Tropical e de Saúde Pública aponta para uma possível relação entre o uso do telemóvel na adolescência e a perda de memória.

Os investigadores do SWISS TPH focaram-se em quase 700 jovens helvéticos, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos.

Durante cerca de um ano, a equipa levou a cabo vários tipos de testes, para ver como se encontrava o estado da memórias dos jovens, depois de uma utilização regular de telemóveis.

Martin Röösli, professor associado e líder da unidade de pesquisa responsável pelo projeto explica em que consistiram:

"Fizemos três tipos de testes diferentes. Um foi sobre a memória verbal, localizada no lado esquerdo do cérebro. Outro foi à memória figurativa, que usa o lado direito. E fizemos também um teste de concentração, onde é utilizada a parte dianteira."

A orelha do telemóvel

"Podemos observar que a memória figurativa é a mais afetada, e, o que é mais interessante, acontece com os adolescentes que usam o telefone no lado direito da cabeça."

Os resultados foram apresentados no início desta semana e dados a conhecer numa publicação científica digital. Mas o professor Martin Röösli diz que os resultados não podem ainda ser considerados como definitivos:

"Prefiro ser cauteloso quanto à interpretação dos resultados, que devem ainda ser confirmados por estudos. Mas a boa notícia é que a maior distância o efeito reduz-se rapidamente. O facto de manter o telemóvel a 10 centímetros da cabeça, por exemplo, reduz o efeito de radiação."

Agora, cabe aos neurocientistas descobrir se existe mesmo uma relação de causa-efeito entre a utilização do telemóvel e a perda de memória. O Instituto Suíço de Medicina Tropical e Saúde Pública recorda que esta é uma área de estudo ainda recente.

Os resultados foram dados a conhecer no início desta semana na publicação científica digital Environmental Health Perspectives.

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