Grécia declarou estado de emergência e pediu ajuda à União Europeia para combater incêndios que já mataram dezenas de pessoas.
Os incêndios que estão a devastar grandes zonas da região de Ática, perto de Atenas, são os maiores da última década na Grécia. Fugir é a única solução, mas são vários os que ficaram pelo caminho - São já pelo menos 60 as vítimas mortais destes fogos e há mais de 170 feridos.
Só em Mati, um popular destino turístico a 40 quilómetros da capital, foram encontrados 26 corpos carbonizados num descampado junto a um complexo residencial. São também muitas as vítimas calcinadas no interior dos carros e nas estradas.
"Felizmente o mar estava ali e nós fomos para o mar, porque as chamas perseguiam-nos até à água, queimou as nossas costas e mergulhámos na água. Isso lembrou-me da erupção em Pompeia", afirma Kostas Laganos, residente em Mati.
Yannis Kakoulis também vive em Mati e sente que escapou por pouco a uma tragédia. "O que é que eu posso dizer? Já passou, estamos vivos e isso é o que realmente importa", diz.
Alexis Tsipras antecipou o regresso de uma viagem à Bósnia oara coordenar a resposta. "É um momento difícil para Ática e uma noite difícil para a Grécia. No momento, mais de 600 homens e mulheres do corpo de bombeiros e 300 veículos foram mobilizados em três grandes frentes", declarou o primeiro-ministro aos jornalistas.
A Grécia declarou estado de emergência e pediu ajuda à União Europeia para combater os incêndios que estão fora de controlo em vários lugares. Dezenas de casas foram destruídas e as principais vias e ligações foram interrompidas. O exército foi recrutado para ajudar a combater as chamas e as pessoas da região instruídas a fechar as casas e sair.
Ventos fortes depois de um inverno relativamente seco fizeram do país uma caixa de pólvora, mas a causa dos incêndios ainda está por determinar.