Milhares protestam em Moscovo contra reforma das pensões

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Nas vésperas da segunda votação no Parlamento russo, milhares de pessoas sairam à rua na capital para protestar contra a reforma das pensões

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Nas vésperas da segunda votação no Parlamento russo, milhares de pessoas saíram à rua em Moscovo para protestar contra a polémica reforma das pensões. O projeto-lei pretende subir progressivamente até 65 anos para os homens e 60 para as mulheres a idade de reforma, num país onde a esperança média de vida é ainda relativamente baixa.

O ativista político Nikolai Levshitz sublinha que "com uma esperança de vida de 66 anos e meio, 40 por cento dos homens [russos] não sobreviverão até à reforma, por isso todo o dinheiro que deram ao Estado vai simplesmente para os bolsos dos oficiais, de Putin, dos seus amigos ou de outra pessoa qualquer".

Desde que a reforma foi anunciada, a taxa de popularidade do presidente Vladimir Putin caiu 10 por cento, embora se mantenha ainda relativamente alta, a rondar os 70 por cento. Mas os protestos têm abalado a sua base de apoio.

Andrey Kolesnikov, que lidera o departamento de política interna russa do Carnegie Center, diz que "para o governo é sem dúvida um fator de receio, mas para Putin é difícil de saber, pois trata-se de uma personalidade muito específica. Mas o facto de, em agosto, Putin ter decidido, de uma forma completamente inesperada, falar com a população, sugere que o que aconteceu foi algo bastante sério".

O Partido Comunista chamou-lhe "Marcha Social dos Milhões", mas na realidade o protesto contou com entre 3000 pessoas, segundo os números avançados pela polícia, e 30.000, segundo as contas de outra das formações organizadoras.

A correspondente da euronews, Galina Polonskaya diz que "entre estudantes, homens de negócios e pensionistas, estiveram representadas todas as partes da sociedade russa, para exigir um referendo e a demissão do governo, com a certeza de que a subida na idade de reforma será desastrosa para todo o país".

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