O movimento #NousToutes marcha, em Paris, este sábado, pelo fim da violência sexual e sexista contra as mulheres.
Primeiro disseram #MeToo. Agora, falam no plural. #NousToutes é o movimento que fala por todas e dia 24 de novembro sai para as ruas para se fazer ouvir.
A marcha pelo fim da violência sexual e sexista contra as mulheres acontece em Paris, este sábado, é organizada por associações feministas, mas destina-se a todos os que queiram participar e promete mobilizar várias cidades francesas, contando ainda com uma petição.
"A ideia da Marcha é unir. A violência tende a isolar e a Marcha procura unir. Não queremos mais mulheres sozinhas contra a violência, queremos estar juntas num grande grupo ... A segunda ideia por trás desta marcha é criar uma onda de choque para permitir que todos percebam o que é a violência sexual e sexista", conta Marion Schaefer, da associação Excision, parlons-en!.
Umas das mais conhecidas figuras desta marcha é Marie Laguerre, a mulher que foi socada ao confrontar um homem que a a assediava numa esplanada em Paris. O incidente foi filmado e permitiu a Marie não só chamar à atenção para os assédios e violência diários, como também processar o agressor.
"Geralmente as pessoas podem dizer às mulheres que exageramos sobre a violência que enfrentamos e o sexismo. E eu acho que é bastante perturbador e frustrante que tenha de haver um vídeo, provas sólidas para que as pessoas acreditem em nós", lamenta a ativista.
Estima-se que, em França, ao longo de um ano 225 mil mulheres sejam vítimas de violência. Todos os dias, 230 são vítimas de violação ou tentativa. Só em 2016, foram 123, as que morreram pelas mãos do parceiro ou ex-parceiro.