Coletes amarelos: para além da taxa dos combustíveis

Coletes amarelos: para além da taxa dos combustíveis
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Movimento dos "coletes amarelos" nasceu dos protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis, mas as exigências alargaram-se e a contestação promete continuar

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Em 2015, Paris acolheu a COP21, uma conferência crucial sobre o clima, que se saldou num acordo histórico para tentar combater as alterações climáticas.

Três anos mais tarde, a capital francesa foi palco de motins, centrados na questão de quem deve pagar pelos esforços pelo clima.

O presidente Emmanuel Macron colocou o ambiente no centro da agenda pós-eleitoral.

Segundo o chefe de Estado, as novas taxas sobre as emissões de CO2 serviriam para motivar os condutores a mudar hábitos em prol do ambiente.

A França é atualmente considerada como um dos países mais ambiciosos da Europa em termos ambientais. Mas as emissões poluentes continuam a crescer e 75 por cento da energia consumida no país é proveniente de combustíveis fósseis.

Este ano, os condutores franceses viram subir os preços do gasóleo em cerca de 16 por cento, de uma média de 1,24 euros para 1,48, atingindo mesmo os 1,53 euros em outubro, segundo a UFIP, a federação francesa da indústria do petróleo.

O movimento dos "coletes amarelos" nasceu da contestação contra o forte aumento dos preços, mas as exigências tornaram-se mais vastas e os protestos visam atualmente os custos de vida mais elevados e as políticas económicas de Macron, de uma forma geral.

A França ascendeu no último ano ao topo da lista dos países da OCDE com a maior carga fiscal, destronando a posição ocupada pela Dinamarca há mais de dez anos.

Apesar do governo ter acabado por abandonar a polémica taxa sobre os combustíveis, os "coletes amarelos" parecem dispostos a continuar os protestos.

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