Oxfam alerta para crise humanitária nas ilhas gregas

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Centenas de mulheres grávidas, orfãos e sobreviventes de tortura são vítimas de negligência nos campos de refugiados nas ilhas gregas. São os últimos dados do relatório "Vulneráveis e Abandonados" da Oxfam International.

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Centenas de mulheres grávidas, orfãos e sobreviventes de tortura são vítimas de negligência nos campos de refugiados nas ilhas gregas. São os últimos dados do relatório "Vulneráveis e Abandonados" da Oxfam International. A organização pede ao governo e aos estados membros da UE que destaquem mais profissionais especializados, como médicos e psicólogos - principalmente em Moria.

"Houve vários relatos no passado de mulheres que se queixavam que não havia segurança na zona onde viviam dentro do campo e que não se sentiam seguras. Durante o último ano houve tumultos e protestos por vezes violentos", explica Marion Bouchetel.

A Oxfam admite que a situação melhorou ligeiramente em Lesbos, mas está longe de ser ideal. A Euronews falou com o Comissário Europeu para a migração sobre as conclusões deste relatório.

"Trabalhamos em estreita colaboração com as autoridades gregas. Fazemos sugestões, ajudamos e vamos continuar a fazê-lo. A mesma regra aplica-se a todos os outros países que estão sob pressão, como Espanha, Malta e Itália. Este é o nosso papel e a comissão europeia cumpre-o com um elevado sentido de responsabilidade."

A apenas 40 quilómetros de Atenas, o campo de refugiados de Malakasa acolhe aproximadamente 1400 migrantes, a maior parte vinda do Afeganistão. Estavam à espera de encontrar uma vida melhor, mas passam por dificuldades devido à falta de condições.

"Não temos água. Nos últimos dois dias, por causa do mau tempo, não temos água... Não podemos tomar banho. Costumava chover muito, mas agora temos a neve. Tudo está congelado. Existem alguns aquecedores, mas não são suficientes. Não sabemos o que fazer, estávamos à espera de encontrar algo melhor", disse uma refugiada vinda do Afeganistão, Karima Husina.

Seja no continente ou nas ilhas, os refugiados e os migrantes estão expostos ao frio e a intensas quedas de neve. É por isso que muitas ONG argumentam que, embora o governo grego tenha recebido fundos significativos, não melhorou as condições de vida.

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