Emigrantes portugueses na Venezuela recomeçam a vida em Portugal

Emigrantes portugueses na Venezuela recomeçam a vida em Portugal
De  Filipa Soares
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Jorge Alves nunca pensou que aos 54 anos teria de recomeçar do zero, depois de uma vida de trabalho na Venezuela. A situação no país obrigou-o a ele e a outros milhares de emigrantes a voltarem a Portugal, país onde nasceram, mas do qual a distância e o tempo os afastou.

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Jorge Alves nunca pensou que aos 54 anos teria de recomeçar do zero, depois de uma vida de trabalho na Venezuela. A situação no país obrigou-o a ele e a outros milhares de emigrantes a voltarem a Portugal, país onde nasceram, mas do qual a distância e o tempo os afastou. "Eu fui com 17 anos para a Venezuela e estive lá 37 anos. Agora, aqui sou mais um migrante. Já sou mais venezuelano do que português", afirma, dando conta das dificuldades em readaptar-se ao país natal.

Com o filho, Jorge abriu um restaurante de comida venezuelana no Porto, mas espera voltar à Venezuela, onde deixou negócios entregues aos empregados. Negócios que espera salvar e pelos quais prefere não comentar a situação política no país. Mas os empregados, os dois venezuelanos, não têm receio em dizer que este regime tem de cair.

"Já foram dados alguns passos da Organização dos Estados Americanos e da ONU e espero que se tente pressionar o mais possível os agentes políticos e que cheguem a um acordo para convocar eleições e se possa chegar a um ponto de encontro de todo o país, que foi o que nos fez falta nos últimos anos", diz Luis Mujica, geoquímico de 33 anos, que chegou apenas há dois meses a Portugal. 

"Penso que todos os venezuelanos temos uma esperança muito grande, pelo que está a acontecer agora com o presidente Guaidó. A nível internacional já vemos que se está a tomar mais medidas sobre o assunto", afirma Mary Léon, de 44 anos, que era cabeleireira na Venezuela, país que deixou há quatro anos.

O Governo português está a seguir atentamente os acontecimentos na Venezuela, país onde existe uma comunidade de portugueses e lusodescendentes, que se estima que possa incluir 300 mil pessoas.

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