Acusação defende processo contra líderes catalães

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De  Rodrigo Barbosa com AFP / EFE
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Na segunda audiência do julgamento histórico dos líderes independentistas catalães, procuradoria do Supremo Tribunal negou motivos "políticos" e frisou tratar-se de "uma defesa da democracia e da ordem constitucional"

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A procuradoria do Supremo Tribunal espanhol negou, esta quarta-feira, que o julgamento dos doze líderes independentistas catalães pela tentativa de secessão em 2017 tenha motivações "políticas", frisando que se trata de "uma defesa da democracia e da ordem constitucional".

Uma posição expressa com particular convicção pelo procurador Javier Zaragoza:

"O objetivo [dos advogados de defesa] é transformar em vítimas de perseguição política aqueles que quebraram, de forma séria, a ordem constitucional e, paradoxalmente, pôr no banco dos réus o Estado, que através das suas instituições tem tentado restaurar a ordem legal, depois dessas agressões sérias, com o único instrumento aceitável numa sociedade democrática, que é a aplicação da lei."

Fidel Cadena, outro dos procuradores do Supremo Tribunal, defendeu a "unidade territorial" de Espanha:

"Umas poucas pessoas não podem decidir o que pertence a todos. Do ponto de vista da unidade territorial, Segóvia não pertence aos segovianos, nem Saragoça aos zaragozanos, nem a Catalunha aos separatistas catalães, mas sim a todos."

A segunda audiência do julgamento histórico centrou-se nas intervenções da Procuradoria, do Ministério Público e da acusação particular, representada pelo partido da extrema-direita Vox.

O processo é retomado esta quinta-feira com a audição do principal acusado, o ex-vice-presidente catalão Oriol Junqueras, para o qual é pedida uma pena de 25 anos de prisão por rebelião e desvio de fundos.

O grande ausente do julgamento - que pode durar três meses e cujo veredito não deverá ser conhecido antes de julho - é o antigo presidente catalão Carles Puigdemont, exilado na Bélgica.

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