Angola e EUA ligados pela história

Presidente de Angola, João Lourenço, no Museu de História e Cultura Afro-Americana
Presidente de Angola, João Lourenço, no Museu de História e Cultura Afro-Americana Direitos de autor Euronews
De  Nara Madeira
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Presidente de Angola visitou Museu de História e Cultura Afro-Americana em Washington D.C., durante uma estada que também ficou marcada pelo encontro com Nancy Pelosi, a líder da maioria democrata na Câmara dos Representantes

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À margem da Assembleia geral das Nações Unidas o presidente angolano recordou uma história muitas vezes esquecida, a de que os primeiros escravos que chegaram ao que hoje se chama EUA eram oriundos de Angola. João Lourenço encontrou-se com uma descendente destes primeiros africanos enquanto visitava o Museu Nacional da História e Cultura Afro-Americana, em Washington. Ela faz parte da família Tucker e é descendente desses primeiros africanos de que a história reza e que chegaram, por mar, à América do Norte vendidos, em 1619, por um traficante de escravos, com explicou à euronews o professor de Antropologia e Estudos Africanos, Stephen Lubkemann.

Angolanos que foram também os primeiros escravos africanos a chegar ao que se chama hoje de Nova Iorque. Angolanos que ajudaram a escrever a história deste país, como contou o referido professor. O primeiro escravo a ganhar a sua liberdade era, diz este estudioso, natural de Angola.

Mas a história que se conta hoje é a dos acordos firmados entre Angola e os EUA, a vários níveis, durante esta deslocação do chefe de Estado angolano. 

O tecido empresarial privado dos EUA propõe-se potenciar esta parceria, que considera estratégica, só é preciso que a administração Biden dê o impulso final. Scott Eisner, do US-Africa Business Center, da Câmara de Comércio dos EUA, explicava que "é preciso que o governo, enquanto todo, reconheça a importância não apenas de Angola mas de África em geral. É preciso um decreto presidencial, precisamosver a presidência dos EUA a dar um passo em frente, da mesma forma que vemos os líderes europeus e asiáticos a declararem a sua intenção de diversificar e fazer parcerias com empresas africanas.

Um dos documentos assinados tem a ver com a proteção e valorização do património natural e ecológico angolano, em particular os parques de Luengue-Luiana e Mavinda. Peter Fearnhead, da ONG African Parks, referiu à euronews que "estes dois parques são, absolutamente, críticos para o todo denominado Área de Conservação Transfronteiriça Cubango-Zambeze. Trata-se de uma área que se estende por cinco países - Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbábue e Zâmbia - e a parte angolana é a maior e a que precisa de mais apoio, assistência, para que se tornem parques naturais, completamente, funcional e este acordo assinado hoje centra-se nisso".

Mas que papel pode ter Angola no panorama global africano? O presidente do Comité dos Negócios Estrangeiros dos EUA, Gregory Meeks, explicou ao correspondente da euronews que o país pode desempenhar uma função central, de líder em África em termos comerciais, de segurança regional, estabilização económica, etc.

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