África do Sul entra no ano novo com o último adeus a Desmond Tutu

África do Sul entra no ano novo com o último adeus a Desmond Tutu
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De  Bruno Sousa
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Nobel da Paz em 1984 foi uma voz ativa na luta contra o apartheid e nunca deixou que a hierarquia religiosa lhe silenciasse as convicções pessoais

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A África do Sul entrou no ano novo a despedir-se de uma das figuras mais marcantes da sua história. O funeral de Desmond Tutu teve lugar na manhã de um de janeiro na Catedral de São Jorge, na Cidade do Cabo, um local de culto que o arcebispo tinha usado para acolher refugiados perseguidos pelo regime do apartheid, na década de 80.

A vontade de ter uma cerimónia simples e sem ostentação foi respeitada, ainda assim o funeral de Desmond Tutu teve naturalmente honra de Estado e Cyril Ramaphosa não podia faltar. O Presidente sul-africano lembrou a boa disposição de Tutu e disse que "se estivesse aqui, diria "porque é que estão tão sérios, tão infelizes?" e "tentaria provocar um sorriso ou uma gargalhada em cada um dos presentes".

A morte de Desmond Tutu, aos noventa anos, deu origem a uma série de homenagens pelo mundo inteiro. Vencedor do Prémio Nobel da Paz em 1984, o arcebispo foi um dos principais rostos na luta contra o apartheid na África do Sul.

Além de desafiar a liderança política, Desmond Tutu não hesitava em afrontar a hierarquia religiosa e nunca deixou de lutar pelas causas em que acreditava, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou o direito à morte medicamente assistida.

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