Último bastião das forças ucranianas em Mairupol pode estar em breve nas mãos russas
Na cidade sitiada de Severodidonesk, no leste da Ucrânia, voluntários ucranianos preparam-se para resistir ao avanço das tropas russas, enquanto em Mariupol, as autoridades dizem ter conseguido retirar finalmente os últimos civis - mulheres, crianças e idosos - que ainda estavam encurralados na fábrica metalúrgica da Azovstal.
A operação de evacuação decorreu entre "violações constantes" do cessar-fogo por parte das forças russas, segundo o governo ucraniano.
O presidente Volodymyr Zelenskyy disse que preparam agora "a segunda fase da missão de evacuação: os feridos e equipas médicas" e precisou que também estão a trabalhar para "retirar os militares, todos os heróis que defendem Mariupol, algo extremamente difícil, mas necessário".
Para além de Mariupol, também a cidade portuária de Odessa, no sudoeste do país, voltou a ser visada por bombardeamentos russos, enquanto Kiev reclamava ter atingido mais um navio da marinha russa no Mar Negro. Moscovo não reagiu ao anúncio.
O Ministério da Defesa russo afirmou, por seu lado, que mísseis de grande precisão atingiram aviões ucranianos em bases nas regiões de Artsyz, Odessa e Voznesensk e que, perto de Kharkiv, mísseis Iskander visaram equipamento fornecido pelos Estados Unidos e países europeus ao Exército ucraniano.
Em plena ofensiva, a Rússia prepara-se para celebrar esta segunda-feira, 9 de maio, o aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi.
Uma ocasião para uma demonstração de força, segundo muitos analistas, que acreditavam que o Kremlin pretendia completar a conquista de Mariupol até esta data.