Analistas descartam contágio na Europa do SVB

Silicon Valley Bank abriu falência
Silicon Valley Bank abriu falência Direitos de autor Benjamin Fanjoy/2023 AP All Right Reserved
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O aumento das taxas de juros, juntamente com más decisões da administração, estiveram na base do colapso do Sillicon Valley Bank. As taxas de juros devem permanecer altas por um período prolongado de tempo, quer nos Estados Unidos, quer na Europa.

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O aumento das taxas de juros, juntamente com más decisões da administração, estiveram na base do colapso do Sillicon Valley Bank. As taxas de juros devem permanecer altas por um período prolongado de tempo, quer nos Estados Unidos, quer na Europa. Ainda assim, a maioria dos analistas diz que não há risco sério de contágio na Europa, já que a maioria dos bancos lucra com taxas de juros mais altas.

"Os desenvolvimentos recentes que levaram a taxas de juros mais altas na Europa e nos Estados Unidos são, na verdade, positivos para os bancos, para todo o sistema (bancário). Mas pode haver 'bolsas de vulnerabilidade', no caso de não terem sido devidamente administrados, como foi o caso do SVB. Temos que verificar individualmente se alguns bancos podem ser mais frágeis do que outros, mas temos que dizer que, como sistema, as métricas de solvência e liquidez ainda são bastante boas", diz o economista Paolo Grignani da Oxford Economics. 

O colapso do SVB pode dissuadir a Fed e o BCE de fazerem novos aumentos agressivos nas taxas de juros. Mas continuarão a subir até que haja uma queda significativa da inflação, apesar do impacto que isso terá, por exemplo, nas famílias cada vez mais endividadas e nas empresas com mais dificuldades para se financiarem.

"As primeiras coisas que os bancos centrais analisam são o desemprego e a inflação. Quando a inflação é demasiado alta, têm de corrigir isso. É como tratar um doente grave. A primeira coisa a fazer é um tratamento adequado para impedir que o paciente morra. Naturalmente, é possível que no processo desta terapia se possam danificar algumas partes do corpo", afirma Alexandros Nikopoulos, Diretor de Investimentos da HellasFin.

Depois das fortes perdas dos mercados a nível global na segunda-feira, as bolsas europeias fecharam a subir esta terça-feira, aliviadas pela queda da inflação nos Estados Unidos e pelo afastamento do risco de contágio no setor bancário. Lisboa encerrou a subir 1,4%, o segundo melhor desempenho deste ano.

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