Cartão presente para levar jovens a vacinarem-se

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De  Nara Madeira
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Governo grego oferece 150 euros num cartão liberdade aos jovens que se vacinarem contra a Covid-19.

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Um cartão pré-pago no valor de 150 euros é o que o governo grego irá oferecer aos jovens em troca de serem vacinados contra a Covid-19. O valor poderá ser gasto em viagens, alojamento, cinemas, teatros e museus, de acordo com o chefe do executivo grego.

Numa comunicação ao país, o primeiro-ministro apelava aos jovens "para aproveitarem a oportunidade e serem vacinados". Por um lado poderão viajar, movimentar-se mais tranquilamente e divertir-se e, ao mesmo tempo, "contribuir para o esforço nacional" para ultrapassar aquilo a que chamou de "grande aventura do coronavírus".

O passe liberdade, como é denominado, é dirigido aos jovens entre os 18 e os 25 anos de idade depois de receberem a primeira dose vacina e entra em vigor a 15 de julho. 

Mas a forma pode não ser a melhor para fazer passar o conteúdo já que a decisão não é consensual no país. Nas ruas de Atenas as opiniões dividem-se. Uma jovem grega, entrevistada pela euronews, dizia não acreditar que esta fosse uma forma "adequada de persuadir as pessoas" a vacinarem-se. Quem quiser vacinar-se "tem de fazê-lo porque quer e pensou seriamente no assunto, não por causa de um prémio em dinheiro".

Um jovem discordava, dizendo que considera ser uma boa medida porque o "turismo será reforçado". No entanto, acrescentava, "nem todos os jovens devem apressar-se a obter a vacina por causa do cartão. Penso que devemos fazê-lo sem a necessidade de tais medidas".

Outra jovem dizia que é como um "suborno" para levá-los a fazerem algo que já era suposto fazerem. O livre arbítrio deve impor-se e "150 euros não é uma quantia significativa de dinheiro".

Até ao momento, já receberam as duas doses de uma das vacina cerca de 3,6 milhões gregos, com mais de 18 anos. O governo espera ter quase metade da população, cerca de 10 milhões de habitantes, totalmente vacinada até final de julho.

Um dos correspondentes da euronews em Atenas, Michalis Arampatzoglou,  explicava que "pretende-se conseguir vacinar mais de 70% da população adulta. Por essa razão espera-se uma decisão do comité de bioética sobre se as vacinações se tornarão obrigatórias para grupos profissionais específicos".

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