Lisboa e Madrid lutarão por multa de "zero euros" em Bruxelas

Lisboa e Madrid lutarão por multa de "zero euros" em Bruxelas
De  Isabel Marques da Silva com Lusa
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Tal como a Comissão Europeia recomendou, os ministros das Finanças dos 28 países da União Europeia decidiram que Portugal e Espanha não fizeram o suficiente para travar o défice excessivo, o que pode

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Tal como a Comissão Europeia recomendou, os ministros das Finanças dos 28 países da União Europeia decidiram que Portugal e Espanha não fizeram o suficiente para travar o défice excessivo, o que pode levar a sanções.

No final da reunião em Bruxelas, o governante espanhol anunciou o aumento de IRC, entre outras medidas.

Luis de Guindos disse que “logicamente quando há circunstâncias em que as regras não parecem permitir fazer o que tem de ser feito, designadamente a criação de incentivos positivos para que um país reduza o défice público no ritmo certo, então mudam-se as regras, como vai acontecer agora”

Já Portugal diz que não tem um plano B para alterar o que considera ser resultado das políticas do ex-governo de centro-direita, pelo que os socialistas vão argumentar para obter uma multa de zero euros, segundo o ministro Mário Centeno.

“Vamos voltar a delinear toda a nossa estratégia junto da Comissão Europeia no sentido de reivindicar os resultados que estamos a obter, e da forma como esses resultados podem cumprir os nossos objetivos e compromissos no futuro”, explicou o ministro das Finanças.

A correspondente da euronews em Bruxelas, Isabel Marques da Silva, acrescenta que: “Portugal e Espanha pode agora invocar “circunstâncias económicas excepcionais” para evitar uma multa que pode ir até aos 0,2% do PIB. Mas mesmo se eles são poupados de que o pagamento, a Comissão Europeia irá definir posteriormente novos prazos para ajustar o público despesas, o que pode exigir novas medidas de austeridade”.

O primeiro-ministro português reagiu pouco depois à decisão, que classificou como “um pouco opaca” e “juridicamente incerta”, defendendo que não houve “verdadeira unanimidade”, e disse esperar que prevaleça a tese do presidente da Comissão Europeia.

“Confio que na Comissão Europeia impere mais bom senso do que existiu na reunião do Eurogrupo e que o presidente Juncker tenha o bom senso que outros presidentes não têm revelado ter relativamente à condução deste processo”, declarou António Costa.

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