O governo de Itália recebe nova crítica da Comissão Europeia sobre o orçamento para 2017, que não faz o esforço de ajustamento pedido. Já Portugal e Espanha estão no bom caminho e não vão sofrer corte
Já muito irritado com o que diz ser falta de flexibilidade de Bruxelas, o governo de Itália recebe nova crítica da Comissão Europeia sobre o orçamento para 2017, que não faz o esforço de ajustamento pedido.
A terceira maior economia da zona euro tem uma dívida colossal, só ultrapassada pela Grécia.
O comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscivici disse, esta quarta-feira, em Bruxelas, que “a lacuna diminuiu, mas ainda existe, pelo que consideramos que a Itália permanece na categoria de risco de incumprimento”.
“Penso, mesmo, que existe um risco significativo de desvio e o diálogo vai ter de continuar”, acrescentou.
A Itália deveria reduzir o défice em 0,6%. Mesmo dando margem para gastos suplementares com o sismo e o acolhimento dos migrantes, a Itália continua com um desvio de 0,2%.
Mas o primeiro-ministro italiano exige que as despesas com aquelas duas situações excecionais sejam mantidas fora das contas do Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Já Portugal e Espanha receberam boas notícias da Comissão Europeia que decidiu não avançar com a suspensão de parte dos fundos estruturais porque estes dois países estão a responder às exigências de reequilíbrio orçamental.
No caso de Portugal, a Comissão Europeia concluiu que, em função da “ação efetiva” realizada pelas autoridades nacionais, o procedimento por défice excessivo deve ser suspenso.
O executivo europeu disse, também, que Portugal deverá “respeitar o valor de referência” para o défice orçamental de 3% “este ano”, podendo encerrar o Procedimento por Défices Excessivos se realizar uma correção “atempada e sustentável”.