Juncker realça retoma económica e desvaloriza Brexit

Juncker realça retoma económica e desvaloriza Brexit
De  Isabel Marques da Silva

Apesar das dificuldades do Brexit, apenas aflorado no discurso sobre o Estado da União Europeia, Jean-Claude Juncker considera que o bloco está a consolidar a retoma económica e a integração política.

Apesar das dificuldades do Brexit, apenas aflorado no discurso sobre o Estado da União Europeia, Jean-Claude Juncker considera que o bloco está a consolidar a retoma económica e a integração política.

Contudo, perante os eurodeputados, em Estrasburgo, quarta-feira, o presidente da Comissão Europeia deixou um alerta sobre a deriva autoritária nalguns Estados-membros de Leste.

“Ser parte de uma União que se baseia no Estado de direito inclui aceitar as decisões judiciais e respeitá-las”, referiu Juncker.


Embora diga que a União Europeia não deve ser uma fortaleza, e que deve mostrar-se solidária com os refugiados, o presidente do executivo comunitário quer regular a migração, incluindo com deportações.

“No final do mês, a Comissão Europeia apresentará um novo conjunto de propostas sobre o retorno, a solidariedade com o norte da África e a abertura de rotas legais de migração. No que diz respeito ao retorno, gostaria de repetir que aqueles que não têm direito a permanecer na Europa devem regressar ao seu país de origem”, afirmou.


Na sessão legislativa que agora se inicia, a reforma da zona euro terá grande prioridade, por forma a ser, em breve, alargada a mais países.

“O ministro da Economia e das Finanças europeu deve coordenar todos os instrumentos financeiros à disposição da União Europeia e estes devem ser postos em prática se um Estado-membro estiver em recessão ou se for confrontado com uma crise considerável”, explicou Jean-Claude Juncker.

Apesar do grande impacto político e económico que terá, Juncker desvalorizou a saída do Reino Unido da União Europeia.

“Temos que respeitar a vontade do povo britânico, mas vamos avançar porque o Brexit não é tudo, o Brexit não é o futuro da Europa”, disse.

O discurso foi seguido de debate com os eurodeputados.


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