Cimeira da UE dominada pelo Brexit e divisões na migração

Cimeira da UE dominada pelo Brexit e divisões na migração
De  Isabel Silva com LUSA
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A migração é um das políticas que evidencia as divisões entre os líderes da União Europeia, que se reúnem, em Bruxelas, na quinta e sexta-feira, para a última cimeira do ano.

A oferta por parte de quatro países de Leste de mais dinheiro para reforçar as fronteiras, como contrapartida para não receberem refugiados, não convenceu a chanceler alemã.

“Qualquer tipo de solidariedade seletiva não deve ter lugar na União Europeia. Os Estados-membros que se encontram nas fronteiras externas da União enfrentam uma enorme responsabilidade. O atual sistema de asilo de Dublin não está a funcionar, como é patente, e é por isso que precisamos de solidariedade dentro da União”, disse Angela Merkel.


Outro tema forte da cimeira é o Brexit, esperando-se que os chefes de Estado e de governo aprovem a passagem à segunda fase negocial.

Depois do acordo de princípio, é preciso por tudo “preto no branco”, defendeu líder holandês.

“Penso que agora é necessário transformar o acordo fechado com aperto-de-mão num texto juridicamente vinculativo sobre a aplicação do artigo 50 e que resolva as questões dos direitos dos cidadãos, das contas a saldar e da fronteira irlandesa”, afirmou Mark Rutte.


A reforma da zona euro será debatida em formato alargado aos países que ainda não usam a moeda única, mas também nesta área continua a haver divisões, reconheceu o presidente do Conselho Europeu.

“Quando se trata da Unio Económica e Monetária, há uma divisão – e peço desculpa pela simplificação geográfica – entre os países do norte e os do sul. Quando se trata de migração, a divisão é entre leste e oeste”, referiu Donald Tusk.

Para provar que nem tudo são divisões e que os países podem avançar a vários ritmos, a cimeira marca o lançamento da cooperação estruturada permanente de defesa, da qual participam 25 dos 28 Estados-membros, incluindo Portugal.

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