"São boas notícias" disse Donald Tusk ao chegar a Berlim

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Direitos de autor REUTERS/Vincent Kessler
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De  Isabel Silva com Reuters
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Um dia depois de ter sido concluído o acordo para um governo de coligação na Alemanha, liderado por Angela Merkel e com os social-democratas de novo a bordo, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, encontrou-se, em Berlim, com a chanceler.

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"São boas notícias" disse Donald Tusk ao chegar a Berlim, quinta-feira, um dia depois de ter sido concluído o acordo para um governo de coligação liderado por Angela Merkel e com os social-democratas de novo a bordo.

A visita do Presidente do Conselho Europeu insere-se numa pequena digressão por várias capitais, mas Donald Tusk não podia estar mais satisfeito com o sentido de oportunidade para expressar o alívio europeu, sobretudo para os países da zona euro.

"Agora é tempo de construir uma política pan-europeia inclusiva com base na grande coligação, para ter um orçamento ambicioso, um acordo sábio sobre migração e uma melhor zona euro. Talvez o possamos fazer, também, em cinco meses", disse Tusk, no Twitter, fazendo uma piada com o tempo que demorou a obter o acordo na Alemanha.

A euronews falou com o cientista político Mario Telò, da Universidade Livre de Bruxelas, que concorda com a leitura de que poderá começar um período mais estável para o projeto europeu.

"A principal mensagem é de estabilidade. No centro da Europa haverá estabilidade garantida por dois governos, o francês e o alemão, ao longo de quatro anos. E é uma estabilidade ao centro, no sentido de que, em ambos os casos, o centro partidário foi fortalecido. Estamos perante o reforço de uma política de competitividade e coesão social, que permite relançar a Europa", explicou.

O partido social-democrata de Martin Schulz ainda terá de subscrever o acordo em congresso, que está bastante dividido.

"Há um aspecto do futuro governo alemão que é considerado quase histórico nos círculos da União Europeia e que tem a ver com a transferência do Ministério das Finanças dos democratas-cristãos para os social-democratas. A conclusão que se tira é que a austeridade será menos rigorosa e haverá mais abertura ao investimento público, tanto ao nível alemão, como ao nível europeu ", realça o correspondente da euronews em Bruxelas, Stefan Grobe.

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