"Estado da União": Comissão anunciou "bazuca" orçamental

European Commission President Ursula von der Leyen, third left, speaks with MEP's prior to her opening address during the plenary at the European Parliament in Brussels
European Commission President Ursula von der Leyen, third left, speaks with MEP's prior to her opening address during the plenary at the European Parliament in Brussels Direitos de autor Olivier Matthys/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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Progama conta, ainda, com uma entrevista a Armin Laschet, o presidente do governo estadual da Renânia do Norte-Vestfália, o maior estado da Alemanha, e que é um dos três candidatos para suceder à chanceler Angela Merkel.

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O plano de recuperação no valor de 750 mil milhões de euros que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, propôs, esta semana, lança a Europa para uma nova fronteira.

Se for aprovado pelos Estados-membros, vai dar maior autoridade ao executivo comunitário porque seria a primeira vez que a Comissão Europeia levantaria dívida comum no mercado de capitais, potencialmente paga através de impostos comuns.

Este é um dos temas em destaque no programa, que conta com uma entrevista a Armin Laschet, o presidente do governo estadual da Renânia do Norte-Vestfália, o maior estado da Alemanha, e que é um dos três candidatos para suceder à chanceler Angela Merkel na liderança do partido CDU.

Stefan Grobe/euronews: Nada simboliza melhor a integração europeia do que as viagens sem visto. Mas durante a crise da Covid-19, os Estados-membros fecharam as fronteiras internas. O espaço Schengen de livre circulação corre o risco de se tornar politicamente aleatório, algo que fica ao critério de cada um dos governos?

Armin Laschet/presidente do governo da Renânia do Norte-Vestfália: Espero que não. Agora precisamos de fazer tudo para restabelecer o espaço Schengen. O que se passou durante a pandemia revela uma certa tendência para reagir de uma forma mais nacionalista. Mas é uma ilusão pensar que se pode parar um vírus global fechando as fronteiras. É quase cómico.

Stefan Grobe/euronews: Outro princípio da União que está a ser testado até o limite são as regras da concorrência, por exemplo, através dos resgastes de companhias aéreas. As regras da concorrência devem ser reescritas no futuro?

Armin Laschet/presidente do governo da Renânia do Norte-Vestfália: Isso é algo que venho defendendo há algum tempo e que a crise tornou mais urgente. As regras da concorrência europeia, bem como as regras dos auxílios estatais, devem permitir a criação de campeões da indústria europeia e estarem menos focadas na concorrência no mercado interno. Precisamos de nos focar na concorrência com os EUA e a China. Para que as medidas que estão a ser adotadas agora pelos Estados-Membros possam salvar empresas, precisamos de um processo acelerado por parte da comissão europeia para tomar decisões, rapidamente, sobre autorizar esses auxílios estatais. Temos de pensar de forma global, em vez de só pensar no nível nacional ou mesmo europeu.

Stefan Grobe/euronews: No início da crise, a comissão europeia não soube como reagir, talvez porque a política de saúde é da soberania dos Estados-membros. Dada a experiência recente, pensa que se deveriam dar mais poderes às instituições da UE, mesmo que isso signifique ter de fazer alterações aos tratados?

Armin Laschet/presidente do governo da Renânia do Norte-Vestfália: Realmente percebemos que há setores em que precisamos de mais competências a nível europeu. Uma pandemia não respeita fronteiras. Saber como coordenar melhor as medidas e obter uma resposta europeia ao vírus será uma tarefa política para o futuro. Por exemplo, no caso do armazenamento de equipamentos médicos, tais como máscaras, que tivemos que comprar nos mercados mundiais por preços muitos caros. Também precisamos de reforçar a produção farmacêutica na Europa. Deveria fazer parte da agenda da presidência rotativa da UE a cabo da Alemanha desenvolver medidas de proteção para os cidadãos.

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