França: Até onde irá o protesto contra a reforma das pensões?

Emmanuel Macron, presidente de França
Emmanuel Macron, presidente de França Direitos de autor Sebastien Nogier/AP
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Os franceses continuam a protestar contra a reforma das pensões. Elisabeth Borne vai receber os sindicatos. Novo dia de mobilização na quinta-feira.

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Até onde irá o protesto contra a reforma das pensões? Face a um governo inflexível, as manifestações e greves prosseguem e tornam-se mais radicais em todo o país. Está previsto um novodia de mobilização na quinta-feira.

Antes disso, os sindicatos foram convidados para uma reunião com a primeira-ministra, Elisabeth Borne, em Matignon. Mas será que o diálogo pode realmente ser retomado? Nada é menos certo.

Bruno Palier, diretor de investigação do CNRS de Sciences Po diz que "Há um mal-entendido antes desta reunião, uma vez que Emmanuel Macron e o governo estão a fazer saber que a decisão sobre as pensões está tomada e não será discutida, enquanto que os sindicatos vão lá para falar sobre a questão das pensões e, em particular, sobre o recuo da idade da reforma de 62 para 64 anos.

Emmanuel Macron parece estar a apostar na perda de vapor do movimento de contestação, mas a oposição à reforma parece, pelo contrário, crescer, de acordo com o cientista político.

O Conselho Constitucional irá pronunciar-se sobre a conformidade do texto e a sua adopção a 14 de abril, um facto que poderá aumentar ainda mais as tensões.

"Sempre que as coisas foram contra a opinião pública, que é 70% contrária a esta reforma, há uma reação ainda mais forte do que antes. Assim, podemos imaginar que uma censura parcial ou mesmo nenhuma censura do Conselho Constitucional pode reativar a oposição à reforma muito mais do que esgotá-la", diz Bruno Palier

O índice de popularidade de Emmanuel Macron está no seu mais baixo desde a sua reeleição, cerca de 26%. Ao mesmo tempo, uma sondagem recente mostrou que as intenções de voto da extrema-direita subiram cerca de 5 pontos no caso de uma eleição legislativa neste momento.

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