Experimentámos o aperitivo da criatividade na Valónia

Experimentámos o aperitivo da criatividade na Valónia
De  Euronews

Tal como a Toscânia, em Itália, a região belga da Valónia tem oficialmente o estatuto de “distrito criativo europeu”. Ou seja, aqui a indústria

Tal como a Toscânia, em Itália, a região belga da Valónia tem oficialmente o estatuto de “distrito criativo europeu”. Ou seja, aqui a indústria tradicional é modernizada de forma a criar uma plataforma onde os empreendedores podem desenvolver projetos inovadores e lançá-los internacionalmente.

Thibaut é arquiteto de interiores e Hélène, designer gráfica. Ambos fundaram a Do Eat depois de ter uma apetitosa ideia: aperitivos cujo recipiente é comestível. Conseguiram uma bolsa de 40 mil euros e acederam à Nest-Up, uma incubadora de startup na Valónia.

“Chegámos com uma ideia. Durante três meses, das 8h às 20h, fomos acompanhados por dois orientadores. Foi assim que criámos a empresa, o modelo de negócios, fizemos os estudos de mercado e construímos esta companhia”, explica Thibaut. Segundo Hélène, “aprendemos a defender o projeto, a convencer os investidores em menos de um minuto. De resto, já recolhemos 60 mil euros.”

Os resultados prometem. A produção não pára de aumentar, vendem agora noutros países europeus. A empresa colabora com dois chefs de renome. As chamadas “verrines” são preparadas num ateliê em Hainaut, um dos locais mais assolados pela crise na Valónia.

Foi em 2011 que Jean-Claude Marcourt, o ministro valão da Economia, lançou as bases da iniciativa Creative Wallonia. “Muitas vezes, a criatividade está mais limitada precisamente às artes criativas, como o cinema ou o design. Aquilo que quis fazer foi levar a criatividade a um nível industrial, isto é, criar novas formas de agir na nossa indústria e serviços”, afirma Marcourt.

E, hoje em dia, a Valónia acolhe cerca de duas dezenas destes projetos, como uma incubadura de startup, mas também espaços de coworking e mesmo um observatório de tendências. Marcourt conta que “um empresário contratou um antropólogo como assistente, precisamente porque esse antrópologo não sabia como fazer um balanço financeiro. Em vez disso, trouxe um olhar diferente sobre as necessidades dos clientes e as melhores respostas a fornecer.”

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