Agência para a modernização, o "Plano Marshall" para a Ucrânia

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Agência para a modernização da Ucrânia, composta por estadistas, sindicalistas e empresários internacionais, foi criada para ajudar o país a relançar

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Agência para a modernização da Ucrânia, composta por estadistas, sindicalistas e empresários internacionais, foi criada para ajudar o país a relançar a economia que está à beira do colapso. A sua tarefa é criar um plano de reconstrução para atrair o investimento estrangeiro, numa altura de inflação alta, com o PIB a cair e a moeda também em queda livre.

Mas a Ucrânia está numa situação paradoxal. Há uma necessidade desesperada de investimento mas os investidores estrangeiros estão relutantes em fazê-lo. Ainda assim há pontos positivos:

“O ativo mais importante da Ucrânia é o povo. E os recursos humanos são fantástico e o talento, as habilitações, são reconhecidas”, adianta Laurence Parisot, ex-presidente da MEDEF, Movimento das Empresas de França. Do grupo de trabalho fazem parte nomes como os ex-ministros francês, Bernard Kouchner e alemão, Peer Steinbrück, o ex-comissário europeu Peter Mandelson e o filósofo e escrito francês Bernard-Henry Lévy:

“Para construir uma economia próspera as bases têm de ser sãs e sólidas e as raízes têm de respeitar a política e a ética”, defende Levy.

A entidade internacional quer também ajudar o governo ucraniano a resolver questões como a falta de transparência fiscal, a “economia paralela” e a corrupção. Algo que, por exemplo, a Polónia, já experimentou:

“Para além das necessárias regulamentação, legislação, instituições, etc., penso que é também importante convencer os ucranianos de que eles não têm de pagar. Esta é uma mensagem muito simples, mas a maioria das pessoas não acredita que é possível. Quando a maioria partilha a mesma abordagem é mais fácil lutar contra a corrupção”, explica Wlodzimiers Cimoszewicz, antigo Primeiro-ministro polaco.

Segundo a agência os presidentes da Ucrânia e França apoiam um novo plano de reformas. Logo que ele esteja pronto começarão a recolher fundos. O Reino Unido diz que a Ucrânia tem parceiros fiáveis, entre eles o governo de David Cameron:

“Falei com o nosso ministro dos Negócios Estrangeiros e eles anseiam que esta questão esteja resolvida e, portanto, dão apoio… O mesmo acontece com os nossos amigos americanos, com quem tenho estado em contacto. A Ucrânia tem amigos”, afirma Richard Risby, enviado britânico para as trocas comerciais.

Através de doações da Ucrânia e do exterior a agência quer reunir, pelo menos, 300 mil milhões de dólares para pôr em prática esta espécie de “Plano Marshall”:

“Temos de mobilizar capital. Esse será o grande desafio. Até agora o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia já assumiram o compromisso de apoiar a Ucrânia. Mas em termos deste “Plano Marshall”, como algumas pessoas o denominam, creio que estamos é a falar de mais dinheiro. Não em um ano, mas em alguns anos”, adianta Peer Steinbruck.

Mas através do quê se pode quebrar este ciclo vicioso? Os nossos entrevistados falam em ética, estabilidade, paciência, condições fiáveis e, acrescenta um deles, é preciso não se deixar corromper.

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