Marketing de influência, o mercado dos "likes"

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Cada vez mais, as marcas apostam em pessoas para promover os seus produtos e serviços. São os chamados influenciadores. Geram milhões e estão a ficar com uma importante fatia do mercado publicitário. #Target #TargetDubai #Dubai

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Selfies, há muitas, mas nem tudo no mundo das redes sociais é posar para a fotografia. Os influenciadores transformaram o mundo do marketing e das relações públicas e, à medida que se multiplicam e ganham confiança entre quem os segue, tornaram-se também parte integrante da forma como as marcas chegam aos consumidores. Estamos agora na era do marketing de influência.

“O marketing de influência tem maior alcance em relação aos seus congéneres tradicionais. Imaginemos um anúncio que passa na televisão durante um mês. Com um influenciador podemos ter um anúncio que vai atingir o mesmo número de pessoas, por uma fração do preço e mais rapidamente. Se olharmos para o ROI, isto é, o retorno do investimento, o marketing de influência gera um ROI 11 vezes melhor do que com o tradicional marketing de mercado”, explica Bassam Mustafa, diretor da agência Nine71.

Alcance vs. Nicho

Estima-se que, até 2022, as marcas vão gastar 13 mil e 400 milhões de euros em campanhas de influência. Para 79% dos profissionais do marketing o Instagram é a plataforma de eleição.

Há duas categorias principais para influenciadores: de 'alcance', que descreve aqueles com um grande número de seguidores, e de 'nicho', para aqueles com comunidades mais pequenas, especializadas e envolvidas.

As marcas estão agora a olhar além dos grandes nomes como as Kardashians, virando-se para os influenciadores de nicho, incluindo: influenciadores de crianças (kidfluencers), micro-influenciadores e até mesmo influenciadores virtuais.

Estudos recentes mostram que os melhores resultados nem sempre vêm dos nomes mais conhecidos e com muitos seguidores, por uma única razão: por vezes, o envolvimento não é tão elevado como com nano ou micro-influenciadores.

Dubai, um mercado jovem e com literacia digital

O Dubai é conhecido como um centro de influência. Com uma população a rondar, em média, os 33 anos de idade, as redes sociais estão sempre muito ativas, o que significa o marketing de influência aqui é altamente eficaz.

Uma sondagem realizada nos Emirados Árabes Unidos, em 2019, mostrou que 72% dos inquiridos compraram uma marca ou comeram em determinado sítio depois de ouvirem um influenciador falar dela.

71% experimentaram um serviço e 57% viajaram para um destino específico por terem sido mencionados por influenciadores.

De acordo com Vincent Reynes, diretor-geral da Bulgari para a região, “este público conhece muito bem a linguagem digital, tem muita literacia digital", daí ser perentório em afirmar que as estratégias de marketing e de comunicação para da sua empresa "valorizam os influenciadores das redes sociais".

"Neste ecossistema do mundo digital, eles abriram uma jporta extremamente importante para as marcas", remata o responsável pela marca de luxo nos Emirados Árabes Unidos.

Na hora de escolher a cara perfeita para a marca se associar, há critérios que são sempre tidos em conta. “A afinidade com a marca, com o ADN da marca, é algo que para nós é extremamente importante. E por isso, quando escolhemos, equilibramos sempre a quantidade, que é o número de seguidores, de gostos que têm, e, ao mesmo tempo, a qualidade da plataforma que eles estão a gerir. E, é claro, a sua personalidade”, revela Reynes.

Influenciadores seletivos

Na hora de escolher se e que marcas querem promover, também os influenciadores dizem que ser seletivo é importante para a credibilidade do negócio.

A influenciadora Arabella Daho, conhecida no universo digital como @amazingarabella, conta que normalmente só trabalha com as marcas em que confia.

“E quando encontro uma marca em que confio, gosto de ter uma longa parceria com ela. Não trabalho com marcas de que não gosto, porque não quero dar informações falsas sobre o meu conteúdo”, diz.

Já Jessica Hardy, @blondebedouin, opta por verificar como as marcas "tratam os seus clientes" e "o que defendem, do ponto de vista ético".

Recentemente os Emirados Árabes criaram licenças de influência.

Para Jessica Hardy, a medida “dá legitimidade" à profissão. 

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"Penso que a regulamentação é importante, porque incentiva os influenciadores a serem transparentes sobre se estão a ser pagos para publicitar um produto. E protege os seguidores, enquanto consumidores”, defende.

À medida que as redes sociais conquistam a publicidade do século XXI, as marcas procuram encontrar formas cada vez mais criativas de chegar até ao público através dos influenciadores.

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