O UV Bodyguard usa tecnologia de satélite e permite monitorizar a exposição aos raios ultravioleta através de uma aplicação para telemóvel.
Graças ao apoio de uma aceleradora de start-ups no domínio espacial, uma empresa de Munique criou um aparelho que ajuda as pessoas a evitar queimaduras solares.
Os riscos para a saúde das queimaduras solares são bastante conhecidos mas milhões de pessoas acabam por viver esse problema todos os anos.
O UV Bodyguard usa tecnologia de satélite e permite monitorizar a exposição aos raios ultravioleta através de uma aplicação para telemóvel.
A ideia de negócio surgiu por acaso. “A Annette tem uma pele muito sensível. E como trabalho na área da investigação sobre o ozono há 15 anos, pensei que podia desenvolver um aparelho de medição dos raios UV " contou à euronews Julian Meyer-Arnek, cofundador da empresa alemã Ajuma.
"Combinamos dados de medição de satélite e de raios UV que permitem fornecer recomendações fiáveis para um tempo de exposição ao sol saudável, em função do tipo de pele", explicou Annette Beatrice Barth, cofundadora da Ajuma.
A aposta da UE nas tecnologias espaciais
As tecnologias espaciais e as aplicações associadas ao espaço deverão aumentar fortemente na próxima década.
Criada no âmbito da Agência Espacial Alemã, a start-upAjuma recebeu o apoio do Acelerador de empresas Copernicus. Annette e Julian Meyer-Arnek tiveram acesso a uma formação de doze meses.
"O acelerador Copernicus ajudou-nos a promover o UV Bodyguard e a colocá-lo no mercado, graças a um programa fantástico de mentoria e especialmente através de uma grande rede de contactos", explicou Annette Beatrice Barth.
O aparelho desenvolvido pela Ajuma deverá chegar ao mercado em breve. A empresa abriu uma loja na internet e fez um acordo de distribuição com uma cadeia de lojas da Europa. O aparelho encontra-se também à venda nas farmácias.
Fundo europeu de mil milhões de euros para a inovação espacial
Para tirar partido do sucesso do acelerador Copernicus, a Europa lançou recentemente a iniciativa CASSINI, com um fundo de mil milhões de euros dedicado à inovação no domínio espacial. O objetivo é apoiar as empresas ao longo do ciclo de vida do negócio e transformar as start-ups espaciais europeias em líderes mundiais.
“A nova iniciativa CASSINI tem como prioridade muito clara apoiar as startups nas diferentes fases de desenvolvimento. Um dos elementos fundamentais é o fundo dedicado ao espaço, que vai fornecer capital de risco para as startups, mas também lançaremos um concurso para estimular o desenvolvimento de produtos inovadores. Haverá apoios para o crescimento dos negócios, através de aceleradores de start-ups e queremos aproximar as startups dos parceiros industriais”, disse à euronews Martina Sindelar, da Direção Geral da DEFIS, na Comissão Europeia.
Os objetivos dos programas espaciais da UE
- Dar resposta aos principais desafios da sociedade: os programas espaciais da UE prestam serviços públicos às autoridades públicas, empresas e cidadãos. Os dados espaciais são essenciais para responder aos desafios da sociedade, como o consumo sustentável de recursos naturais, a segurança e as alterações climáticas.
- Empregos e crescimento industrial: o setor espacial oferece mais de 230 mil empregos na UE, desde a fabricação de componentes até às operações espaciais e os serviços downstream. O mercado vale entre 46 e 54 mil milhões para a economia da UE.
- Garantir a autonomia da UE: o acesso da Europa ao espaço favorece a implementação de muitas políticas da UE, a competitividade da indústria e das empresas europeias, bem como a segurança, a defesa e a autonomia estratégica da Europa. O espaço reforça o papel da Europa como um ator global mais forte.