União Europeia e União Africana discutem futuro

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De  Bryan Carter
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Espera-se que a pandemia e o agravamento dos efeitos das alterações climáticas dominem a reunião dos líderes europeus e africanos

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A sexta cimeira União Europeia-União Africana está prestes a arrancar em Bruxelas. Os líderes dos dois continentes reúnem-se, durante dois dias, para discutir o futuro da sua parceria, o comércio, os investimentos, a educação, a agricultura. Mas quase cinco anos após a última reunião, o mundo não é o mesmo. Espera-se que a pandemia e o agravamento dos efeitos das alterações climáticas dominem a cimeira.

Os líderes europeus e africanos apresentaram já a sua visão comum para 2030 onde destacam como principal objetivo, mais prosperidade.

O presidente da União Africana, Macky Sall, delineou os pilares desta parceria, durante uma visita ao Senegal da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen. "A nossa ambição comum, para africanos e europeus, para esta cimeira é alcançar uma parceria renovada, modernizada e mais orientada para a ação", sublinhou Sall.

A União Europeia pretende investir 150 mil milhões de euros em África para as transições verde e digital, criação de emprego, saúde e educação.

A comissária europeia para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, refere que "haverá financiamento de subvenções, mas também empréstimos, e espera-se que possamos, também, trabalhar e obter alguma contribuição do setor privado para esse pacote. A ideia é ter realmente um projeto concreto e tangível."

Estes projetos, em África, podem incluir desde a produção de energia renovável até infraestruturas e centros de vacinação.

A República Democrática do Congo é um ator-chave nas relações entre África e Europa. É um país com vastos recursos minerais e uma população bastante jovem, no entanto, é necessário maximizar todo este potencial, como argumenta o analista Anafak Japhet:

"As tecnologias europeias, e as competências europeias, continuam a ser implantadas em África sem formação da mão-de-obra local, sem transferir a tecnologia localmente, pelo que o sucesso da RDC (República Democrática do Congo) depende de duas coisas: da transferência de tecnologias e da formação dos gestores."

O desenvolvimento das indústrias e tecnologias locais é, também, um dos principais objetivos do continente africano para os próximos anos, pois não só trará benefícios para a população local, mas também irá melhorar as relações de África com o resto do mundo.

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