República Democrática do Congo: "É preciso que a agricultura volte a ocupar o seu lugar"

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Segundo o governo congolês, a transição digital deverá beneficiar vários setores, em particular a agricultura, vital para a economia do país.

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Durante a sexta cimeira União Europeia-União Africana, em Bruxelas, além das maratonas diplomáticas, mesas redonda e reuniões bilaterais, os líderes e empresários dos dois continentes reuniram-se com parceiros para implementar projetos concretos.

Em Bruxelas, o ministro das finanças da República Democrática do Congo assinou um acordo com uma empresa de consultoria e com a Agência de Desenvolvimento Francesa (ADF). Estão previstos 600 mil euros para elaborar um plano nacional para o desenvolvimento de infraestruturas digitais.

“Trata-se de definir uma política e um quadro para os investimentos públicos, como os da Agência de Desenvolvimento Francesa ou de outros atores, especialmente, os investidores privados, para que esses investimentos tenham o impacto esperado ao nível do desenvolvimento", disse à euronews Rémy Rioux, diretor-geral da ADF.

A agricultura regenerativa está a desenvolver-se, mas, é menos visível e tem menos acesso a financiamento.
Paul Walton
Diretor da Fundação África-Europa

"É preciso que a agricultura volte a ocupar o seu lugar"

Segundo o governo congolês, a transição digital deverá beneficiar vários setores, em particular a agricultura, vital para a economia do país. "Em primeiro lugar, é preciso que a agricultura volte a ocupar o seu lugar. Está a diminuir, porque somos um país mineiro. A ambição do governo é de inverter a situação e garantir que a agricultura e a agro-indústria retomem o seu lugar. Para isso, precisamos de agricultores, pequenos e grandes, que utilizem meios e métodos modernos para reforçar a produtividade", frisou Nicolas Kazadi, ministro das Finanças da República Democrática do Congo.

Agricultura sustentável exige mudanças

A implementação de sistemas agro-alimentares sustentáveis foi outro dos temas em discussão em Bruxelas. A fome e a subnutrição continuam presentes em muitas partes do mundo. O desenvolvimento de novos métodos de agricultura exige mudanças.

"Há uma série de práticas inovadoras que poderiam ser muito mais visíveis e acessíveis. Sabemos que, em toda a África e Europa, existem áreas fantásticas onde se desenvolvem sistemas agro-alimentares sustentáveis. A agricultura regenerativa está a desenvolver-se, mas, é menos visível e tem menos acesso a financiamento e apoio sustentável. Isso é necessário", considerou Paul Walton, Diretor Executivo da Fundação África-Europa.

Mudanças necessárias num contexto complexo. Todo o continente africano sofre com os efeitos negativos das alterações climáticas, o que põe em perigo a soberania alimentar e a vida de milhões de pessoas.

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