A União Europeia apoia o governo de Espanha.
A União Europeia apoia o governo de Espanha, mesmo se considera que o recurso à violência no referendo da Catalunha terá sido excessivo.
Esta a conclusão de uma conversa telefónica mantida esta segunda-feira entre o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, o presidente do conselho europeu, Donald Tusk, e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy.
Juncker teria ainda voltado a apelar ao diálogo como forma de resolver o impasse político.
Por seu lado, numa mensagem deixada numa rede social, Donald Tusk apelou à busca de formas de evitar o recurso à força.
Just spoke to
MarianoRajoy</a>. Sharing his constitutional arguments, I appealed for finding ways to avoid further escalation and use of force.</p>— Donald Tusk (
eucopresident) 2 October 2017
O Parlamento europeu entretanto, votou a favor da realização de um debate sobre a Catalunha esta quarta-feira.
A proposta veio dos Verdes e do Grupo Esquerda Unitária que teceram duras críticas à atuação do governo espanhol.
A ilegalidade do referendo foi outra das questões discutidas.
“Foram as pessoas que organizaram o referendo que violaram a lei. É inconstitucional tal como o Tribunal Constitucional decidiu, o referendo é ilegal”, adiantou Elmar Brok, eurodeputado alemão do EPP.
O recurso à violência policial e os confrontos ocorridos durante o referendo de domingo reforçaram a necessidade de debater a situação na Catalunha.
Para Sophie In’t Veld, eurodeputada holandesa do ALDE, “muitas pessoas que assistiram aos acontecimentos consideram que houve excesso de violência por parte da polícia. Penso que é importante investigar isso, mas penso que é ainda mais importante que todos os partidos agora assumam a responsabilidade de recuar nesta situação”.
A jornalista da euronews, Isabel Marques da Silva, afirma a partir de Estrasburgo, “na conferência de líderes dos partidos políticos da semana passada foi bloqueado pelo centro esquerda e centro direita um pedido para discutir a situação na Catalunha mas depois da violência de domingo o segundo pedido do grupo dos Verdes e da Esquerda Radical acabou por passar e o Parlamento Europeu é a primeira instituição a colocar o tema oficialmente na agenda política”.