O Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia condenou o antigo chefe militar sérvio-bósnio Bósnia, Ratko Mladic, por genocídio e crimes contra a humanidade.
Um caso bem conhecido de Carla del Ponte, magistrada suíça que foi procuradora nesse tribunal de 1999 a 2007.
“Estou muito satisfeita, muito satisfeito em nome das vítimas, porque Mladic é o oficial de maior patente e o principal responsável por crimes de guerra, a seguir a Milosevic, que já morreu. Também estou satisfeita por ter sido sentenciado a prisão perpétua”, disse, em entrevista à euronews.
Carla Del Ponte salue la condamnation de Mladic – L’ancienne procureure générale du TPIY est satisfaite du juge… https://t.co/3Ni93KIbOc
— Actualités Suisse (@SuisseSUI) November 22, 2017
Para a ex-procuradora é importante que todos os responsáveis políticos e miliares tenham sido julgados pelas atrocidades cometidas há mais de duas décadas, mesmo que não se arrependam.
“Quando os réus faziam declarações, era bem perceptível a sua ideologia de discriminação étnica. É óbvio que nenhum se arrependeu. Apenas conheci um réu que se arrependeu, que admitiu os seus crimes e que se suicidou na prisão”, recordou.
A guerra da Bósnia causou 100 mil mortos e dois milhões de deslocados, tendo ficado tristemente famosa pelo massacre de Sbrenica e pelo cerco à capital, Sarajevo.