Autoridade Palestiniana espera mais apoio da União Europeia

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De  Isabel Silva com LUSA
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A Autoridade Palestiniana acusou Donald Trump de “minar deliberadamente os esforços de paz” e espera que a União Europeia condene de forma mais veemente a decisão do Presidente dos EUA de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

“A Autoridade Palestiniana, bem como o povo palestiniano, esperam que a União Europeia reconheça o Estado da Palestina, com base nas fronteiras de 1967, tendo como capital Jerusalém Oriental. É a resposta mínima à ação de Donald Trump”, disse, à euronews, Abalrahim Alfarra, embaixador da Palestina junto da União Europeia.

A chefe da diplomacia da União, Federica Mogherini, reiterou, quinta-feira, que o bloco defende a solução de Jerusalém como capital de dois Estados, o de Israel e o da Palestina.

“President Trump’s announcement on #Jerusalem has a very worrying potential impact. The EU has a clear and united position. We believe that the only realistic solution to the conflict between Israel and Palestine is based on two states.” FedericaMog</a> <a href="https://t.co/e0iUzO0Jv9">pic.twitter.com/e0iUzO0Jv9</a></p>— EU External Action (eu_eeas) December 7, 2017

“Se os EUA se identificam cada vez mais com a posição de Israel, como é que podem ser um mediador legítimo? Talvez seja a altura da União Europeia assumir o papel de mediador”, disse, à euronews, Michael Gunter, professor de Ciência Política na universidade norte-americana Tennessee Tech.

O anúncio feito por Donald Trump foi criticada por grande parte da comunidade internacional e levou à convocação, para sexta-feira, de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.

There is no alternative to the two-state solution: two states living side-by-side in peace, security and mutual recognition – with Jerusalem as the capital of Israel and Palestine. pic.twitter.com/r95LPIZimg

— António Guterres (@antonioguterres) December 6, 2017

Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.

Uma lei norte-americana de 1995 solicitava ao governo de Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os Presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua implementação, a cada seis meses, com base em “interesses nacionais”.

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